quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

"Passando a mão na noiva"


Passando a mão na noiva; algo que todos nós esperamos, pois isso já faz parte do pacote. Arrumar uma namorada cristã, depois fazer um namoro “santo” e depois trocar ósculos santos até que alguém decide querer tomar “santo ceio”. Nojento? Claro. Uma abominação a Deus? Sem dúvida. Normal?
Infelizmente sim.  

Todo mundo sabe que quem namora, peca (ou no mínimo quando mais tarde está no banheiro sozinho completa o que começou no calor da hora “santa”). E por experiência própria eu te falo, se é difícil se comportar quanto se está namorando, é bem mais complicado depois que se noiva. Não sei o que acontece, mas num lugar entre “Hei, eu gosto de você” e “Sim, eu quero casar contigo” tudo muda. O que era um pensamento meio distante, uma possibilidade, de um dia transar, de repente se torna algo que pode acontecer, algo quase garantido. O tempo de noivado é complicado, é perigoso, pois o inimigo não demora pra chegar por perto e sussurrar no seu ouvido, “Você pode transar. Vocês vão casar de qualquer jeito, então qual é o problema?” Não nem dá pra contar tantos casais que sei que conseguiram segurar a onda quando estavam namorando mas que se entregaram no tempo do noivado. O triste é que muitos deles acabaram nem se casando e levando mais uma mancha na sua santidade antes de “achar” a pessoa certa.
Agora, vamos imaginar uma cena: Não quero que imagine você passando a mão na sua noiva ou você sendo vítima de um rapaz que finge amar Jesus “mais de que tudo”. Mas, vamos pensar em sua irmã ou uma amiga. Você chega de uma reunião de oração (claro) e entra na sala de estar e encontra uma moça embaixo do corpo de um rapaz que está passando mão nela. Agora temos algumas coisas para esclarecer antes de chegar ao ponto da sua reação. Primeiro, você acha que é o noivo dela. Talvez isso muda o seu sentimento inicial. Talvez você ache que ele tem direito por ser noivo dela. Segundo, parece que ela não está gostando, que ela está lutando contra os avanços do rapaz. Mudou de novo seu sentimento? Terceiro, você reconhece que não é sua irmã ou amiga, mas é sua noiva!!! Opa.


A reação é maior quando a pessoa pertence a você. Por exemplo, se um rapaz está passando a mão numa menina que eu conheço, eu fico bravo e com certeza chamaria atenção do rapaz. Mas se a moça é minha filha, o Espírito do Senhor descerá sobre mim assim como desceu sobre Sansão e a parada vai ficar feia. Pois, eu, como pai e protetor, vou fazer o meu trabalho. Voltando para a situação com sua noiva, a sua futura esposa; não sei se você já passou por uma situação semelhante, espero que não, mas, o negócio está podre quando tem pessoas safadas o suficiente para aproveitar da noiva de um outro cara. É pior quando o cara fala que é seu amigo e está fazendo isso. Agora, qual será sua reação? Lembre se, ela está lutando contra a situação. Não é um caso de traição, porque ela não está curtindo. Ela não quer, pois verdadeiramente ama você, seu noivo.


Eu conheço um caso assim. Não na minha vida pessoal, mas o meu melhor amigo está passando por isso agora. Alguém que diz ser amigo dele está aproveitando da sua noiva. E não é um cara só, mas vários. O negócio é que meu amigo viajou e sua noiva é linda, e na sua ausência, esses tais amigos estão aproximando dela com ofertas de amizade e fingindo de estarem preocupados com ela quando a verdade é que eles estão procurando uma oportunidade de usar ela para o prazer e benefício deles. Podem chamar ela de boba por não perceber, mas eu vejo alguém com um coração puro que acredita no melhor sobre cada um e que realmente acredita que esse rapazes tem motivos nobres. Mas eu estou um pouco afastado da situação e é mais claro pra mim perceber que não tem motivo nobre quando começa a passar a mão nela. Só que meu amigo também sabe do que está acontecendo. E a certeza, é que quando ele voltar, cabeças vão rolar. Sim, ele vai voltar, a Bíblia nos promete isso.


Atos 1.11; Esse Jesus que estava com vocês e que foi levado para o céu voltará do mesmo modo que vocês o viram subir.


E esse é o negócio, o noivo vai voltar e quem estiver passando mão na sua noiva está ferrado. Mas, quem, você me pergunta, está passando mão na noiva de Cristo? Cada pessoa, pastor e ministério que está aproveitando dela para o próprio benefício. Cada um desses ministérios safados de adoração extragavante que cobra cachê ou pede ofertas de amor com valores estipulados, que exige hotéis de cinco estrelas e multidões para vir. Esses são charlatões, anjos de luz, que não entenderem nada do exemplo de Cristo que se deu para a noiva e não pediu ela para sustentar uma casarão ou carros importados e vidas de luxo tudo no nome de uma mentira infernal de “prosperidade”. O que aconteceu com “de graça receber, e de graça dar”. Eu sei, isso não paga a prestação do seu BMW.


Quem são esses que estão passando a mão na noiva? Todos os pastores que  que comem o  dízmo que para a obra . Cada pastor que gasta vinte minutos por domingo humilhando o povo, estuprando os pobres, manipulando eles a dar tudo que eles têm. Enquanto ele vive num nível bem acima do povo e no fim tem a coragem de falar no púlpito as benções de Deus na sua vida, como nunca falta filé na sua mesa. Meu safado impostor, como que é que você consegue acreditar em algo tão diabólico. Você tem pessoas passando fome na sua igreja, usando o mesmo chinelo faz dois anos e você acha xique falar de como Deus é “fiel” e como você trocou seu carro que tinha o mesmo tempo dos chinelos do seu irmão para um carro do ano enquanto ele continua com o mesmo chinelo? Que tristeza. Que raiva. Escute, meu amigo sabe o que você está fazendo com sua noiva. Uma vez ele chutou mesas, essa vez, ele vai chutar bundas.


Se você me perguntar se eu tenho algum problema com a instituição religiosa, a empresa eclesial de hoje em dia. Pode crer que enfaticamente sim. Estou com uma ira que não sei como conte-la mais. Eu vejo os abusos de homens poderosos vivendo no seu luxo exigindo dinheiro que o povo de Deus não tem, e sim eu fico irritado. Pois, eu amo de verdade o noivo e devido isso eu também amo a sua noiva. Mas o meu amor quer proteger ela dos charlatões, e não pegar o que eu posso dela. O que ela tem foi o noivo quem deu, e jamais eu quero tocar nessas coisas. Está na hora da gente abrir os nossos olhos e falar “chega!” “Basta!” E mandar esses aproveitadores, esse passadores de mão de volta as suas cidades e as suas mansões. Deixem eles cantar no chuveiro para Jesus, se realmente amam ele.


Toda bosta é bosta independente da cor que é pintada. E todos esses ministérios e pastores que estão vendendo as paradas de Deus por dinheiro são como bosta. Vai pesquisar para saber quanto seu pop-star evangélico preferido cobra para “ministrar”. Uns desses “homens e mulheres de Deus” e eu falo isso com muita ironia na minha voz, cobram bem acima de R$20.000 por show. Caraca! E Jesus nem pediu uma oferta.


1 Tim 6.15; Esses homens acham que uma vida de devoção a Deus trará lucros financeiros.


Tito 1.11; É necessário calar a boca deles, porque famílias inteiras estão deixando a verdade porque eles ensinaram coisas que não devem, e tudo com a intenção vergonhosa de ganhar dinheiro.


Com a intenção de ganhar dinheiro??? Que é isso? Já pensou, pessoas no ministério ensinando mentiras e fazendo entretenimento pensando em grana? Que coisa maldita. Mas, eles já estão aqui e eles são os nossos líderes e nossos heróis. O difícil é que ninguém quer acreditar que um desses faria uma coisa dessa e isso é o que faz eles perigosos e poderosos. Ninguém suspeita. Mas, eu te digo uma coisa. Ninguém que diz amar o noivo quer se enriquecer às custas da noiva. Meu amigo, se ligue, eles são safados e vão prestar contas com Jesus, e você é a sua noiva. Presta atenção, a mão entre as suas pernas não é sua. Dê um tapa no cara e saia correndo. Quem ama o noivo trata a noiva como o noivo a trata. Ele deu tudo que tinha em benéfico dela, para comprar ela. Ele não cobrou nada. Quem cobra, quem vende, não é amigo do noivo, mas um impostor precisando de se arrepender antes que seja tarde demais. Temos que orar por eles. Temos que orar pela noiva para que ela acorde e saia dessa situação errada e constrangedora. Temos que orar por uma reforma. Chegou ao ponto que não dá mais. Temos que reconhecer isso e fazer algo. Temos que falar. Temos agir. Temos que exigir uma mudança. Pois, verdadeiramente, a história se repitiu.


Mt 21.13; Ele lhes disse: - Nas Escrituras Sagradas está escrito que Deus disse o seguinte: "A minha casa será chamada de 'Casa de Oração'." Mas vocês a transformaram num esconderijo de ladrões!


Chegou a hora de chutar as mesas, de declarar a verdade a um povo desviado e confuso, de proteger os abusados e confrontar os abusadores. Chegou a hora dos crentes valentes que se importam com a honra do noivo, se levantarem.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Conhecer a Cruz

NOSSA GERAÇÃO....


SENDO IMPACTADA PELA CRUZ......


CANTAMOS
O que você pensa acerca da cruz de Cristo? Talvez você considere esta questão como algo de somenos importância; não obstante, dela depende intensamente o bem-estar eterno de sua alma.
Há mil e oitocentos anos atrás, houve um homem que disse gloriar-se na cruz de Cristo. Foi alguém que revirou o mundo de cabeça para baixo pelas doutrinas que pregava. De todos os homens que já viveram neste mundo, foi ele quem mais contribuiu para o estabelecimento do Cristianismo. E mesmo assim, foi este homem quem disse aos Gálatas:
“Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”, Epístola de Paulo Aos Gálatas 6.14
Leitor, a “cruz de Cristo” deve ser um assunto verdadeiramente importante para que um apóstolo inspirado fale de tal forma sobre ela. Deixe-me tentar demonstrá-lo o verdadeiro significado desta expressão. Uma vez reconhecendo o que significa a cruz de Cristo, com a ajuda de Deus você se tornará capaz de perceber a importância dela para a sua alma.
A palavra cruz, na Bíblia, algumas vezes faz referência à cruz de madeira na qual o Senhor Jesus foi cravado e posto para morrer, no Calvário. Isto é precisamente o que São Paulo tinha em sua mente quando falou aos Filipenses que Cristo “foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.8). Contudo, esta não era a cruz na qual São Paulo se gloriava. Ele esquivar-se-ia com horror da idéia de gloriar-se em um mero pedaço de madeira. Eu não tenho quaisquer dúvidas de que ele denunciaria a adoração católica romana do crucifixo como profana, blasfema e idolátrica.
A cruz, em outras vezes, é atinente às aflições e provações que os crentes atravessam pela causa da religião que professam, quando seguem a Cristo fielmente. Este é o sentido no qual nosso Senhor usa a palavra, quando diz: “Aquele que não toma a sua cruz, e segue-me, não é digno de mim” (Mt 10.38). Este também é o sentido no qual Paulo usa a palavra quando escreve aos Gálatas. Ele conhecia bem esta cruz. Deveras, ele a carregava pacientemente; no entanto, também não é sobre isto que ele está falando aqui.
Mas a palavra cruz também se refere, em alguns outros lugares da Escritura, à doutrina de que Cristo morreu pelos pecadores sobre a cruz, - a expiação que Ele fez pelos pecadores, por Seus sofrimentos em favor deles sobre a cruz – o completo e perfeito sacrifício pelo pecado que Jesus ofereceu quando deu Seu próprio corpo para ser crucificado. Em suma, este termo, “a cruz”, aponta para Cristo crucificado, o único Salvador. Este é o significado no qual Paulo usa a expressão, quando fala aos coríntios: “A pregação da cruz é loucura para os que perecem” (1 Co 1.18). E este também é o significado do que ele escreveu aos Gálatas: “Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. Ele está dizendo simplesmente isto: “Eu não me glorio em nada mais, exceto em Cristo crucificado, como a salvação de minha alma”.
Leitor, Jesus Cristo crucificado era a alegria e o deleite, o conforto e a paz, a esperança e a confiança, a fundação e o lugar de descanso, a arca e o refúgio, o alimento e o remédio da alma de Paulo. Ele não considerava que teria de executar algo por si mesmo ou padecer por si mesmo. Ele não era mediado por sua própria bondade e nem por sua própria retidão. Ele amava pensar naquilo que Cristo havia feito, e naquilo que Cristo havia sofrido - a morte de Cristo, a justiça de Cristo, a expiação de Cristo, o sangue de Cristo, a obra finalizada de Cristo. Nisto, sim, ele se gloriava. Este era o sol de sua alma.
Este era o assunto que sobre o qual ele amava pregar. O apóstolo Paulo foi um homem que percorreu a terra proclamando aos pecadores que o Filho de Deus havia derramado o sangue de Seu próprio coração para salvar-lhes. Ele caminhou por todos os lugares neste mundo falando às pessoas que Jesus Cristo as amava, a ponto de morrer pelos seus pecados sobre a cruz. Observe como ele diz aos coríntios: “Eu vos entreguei o que primeiro recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados” (1 Co 15.3); “eu me determinei a não saber de qualquer coisa entre vós, a não ser Jesus Cristo, e este crucificado” (1 Co 2.2). Ele – um blasfemo, fariseu perseguidor – havia sido lavado no sangue de Cristo; de tal modo a não poder deixar de sustentar sua paz sobre este sangue. Por isso ele nunca se cansava de falar da história da cruz.
Este foi o tema sobre o qual ele amava alongar-se quando escrevia aos crentes. É maravilhoso observar como suas epístolas geralmente são repletas dos sofrimentos e da morte de Cristo - como elas discorrem sobre "pensamentos que inspiram e palavras que ardem" sobre o amor e o poder das agonias de Cristo. Seu coração parece cheio deste assunto: ele discorre sobre isto constantemente e retoma o tema continuamente. É o fio de ouro que perpassa todo seu ensino doutrinário, e todas as exortações práticas. Ele parece pensar que mesmo para o cristão mais maduro nunca é demais ouvir sobre a cruz.
Foi sobre isto que ele viveu toda sua vida, desde o tempo de sua conversão. Ele diz aos gálatas: “A vida que agora eu vivo na carne, vivo-a pela fé no Filho de Deus, o qual me amou, e a si mesmo se deu por mim” (Gl 2.20). O que o faz tão forte para o labor? O que o faz tão disposto para a obra? O que o faz tão incansável em esforçar-se para salvar alguns? O que o faz tão perseverante e paciente? Eu vou dizê-lo, qual o segredo disto tudo. Ele sempre se alimentava pela fé do corpo de Cristo e do sangue de Cristo. Jesus Cristo foi a comida e a bebida de sua alma.
E leitor, você pode estar convicto de que Paulo estava correto. Confiar nela, isto é, na cruz de Cristo, - a morte de Cristo sobre a cruz para fazer a expiação pelos pecadores – é a verdade central ao longo de toda a Bíblia. Esta é a verdade que encontramos logo ao abrirmos no livro do Gênesis. A semente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente - isto não é outra coisa senão uma profecia de Cristo crucificado. Deveras, esta é a verdade que brilha, por trás do véu, em toda a lei de Moisés e na história dos judeus. Os sacrifícios diários, o cordeiro pascal, o contínuo derramamento de sangue no tabernáculo e no templo - tudo isto são sombras do Cristo crucificado. E esta é a verdade que também vemos ser honrada na visão do céu, antes do fechamento do livro das Revelações: “Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto”(Ap 5.6). De fato, mesmo em meio à glória celestial nós encontramos uma visão de Cristo crucificado. Tire a cruz de Cristo, e a Bíblia será um livro obscuro. Ela seria como os hieróglifos egípcios, sem a chave que interpreta o seu significado – curiosa e maravilhosa, mas sem qualquer serventia real.
Leitor, observe bem o que eu lhe digo. Você pode conhecer uma boa porção da Bíblia. Pode conhecer os contornos das histórias nela contidas, e até a data dos eventos que a Bíblia descreve, assim como alguém pode conhecer a história da Inglaterra. Você pode conhecer os nomes dos homens e mulheres nela mencionados, assim como um homem conhece César, Alexandre o Grande, ou Napoleão. Você pode conhecer vários preceitos da Bíblia, e os admirar, assim como um homem admira Platão, Aristóteles, ou Sêneca. Mas se você ainda não descobriu que Cristo crucificado é o fundamento de cada livro, você tem lido a Bíblia até agora de modo muito pouco proveitoso. Sua religião é um céu sem um sol, um arco sem um fecho, um compasso sem uma agulha, um relógio sem molas ou valores, um candeeiro sem óleo. Ela não o confortará. Ela não livrará a sua alma do inferno.
Leitor, observe mais uma vez o que eu lhe digo. Você pode conhecer bastante acerca de Cristo, tendo alguma espécie de conhecimento intelectual. Você pode conhecer bem quem Ele foi, e onde Ele nasceu, e o que Ele fez. Você pode conhecer Seus milagres, Suas falas, Suas profecias, e Suas ordenanças. Você pode saber como Ele viveu, como Ele sofreu, e como Ele morreu. Contudo, pode-se conhecer o poder da cruz de Cristo experimentando-o; deveras - a menos que você saiba e reconheça que aquele sangue derramado sobre a cruz lavou seus próprios pecados particulares, e a menos que você esteja disposto a confessar que sua salvação depende inteiramente da obra que Cristo realizou sobre a cruz -, se não for esse o seu caso, Cristo não lhe será em nada proveitoso. Sim, o mero conhecimento do nome de Cristo jamais o salvará. Você deve conhecer a Sua cruz e o Seu sangue, ou então acabará morrendo em seus próprios pecados.
Leitor, enquanto você viver, tome cuidado com uma religião na qual não se ouve muito da cruz. Você vive em tempos nos quais a cautela, lamentavelmente, é necessária. Cuidado, eu repito, com uma religião sem a cruz.
Há centenas de lugares de adoração nestes dias, nos quais se encontram quase todas as coisas, exceto a cruz. Há carvalhos gravados, e pedras esculpidas; há vidros coloridos, e pinturas esplêndidas; há serviços solenes, e uma constante série de ordenanças; mas a cruz real de Cristo não há. Jesus crucificado não é proclamado no púlpito. O Cordeiro de Deus não é exaltado, e a salvação mediante a fé n’Ele não é livremente proclamada. E, por conseguinte, todos estes lugares estão em erro. Leitor, acautele-se de tais lugares de adoração. Eles não são apostólicos. Eles não haveriam de satisfazer a São Paulo.
Há milhares de livros religiosos publicados hodiernamente, nos quais se acham quase todas as coisas, exceto a cruz. Eles são plenos de direcionamentos sobre os sacramentos, e louvores da Igreja; eles abundam em exortações para uma vida santa, e em regras para a consecução da perfeição; eles apresentam fartura de fontes e cruzes, tanto interna quanto externamente; mas a cruz real de Cristo é deixada de fora. O Salvador e Seu amor agonizante tampouco são mencionados, ou o são de um modo anti-escriturístico. E, por conseguinte, todos estes livros são piores do que imprestáveis. Eles são não apostólicos. Eles jamais satisfariam a São Paulo.
Leitor, São Paulo não se gloriava em nada mais, a não ser na cruz. Esforce-se para também ser assim. Coloque Jesus crucificado sempre diante dos olhos de sua alma. Não ouça qualquer ensino que interponha algo entre você e Ele. Não caia no antigo erro dos gálatas. Não pense que alguém nestes dias seja melhor guia do que os apóstolos. Não se envergonhe das antigas veredas, nas quais percorreram homens que foram inspirados pelo Espírito Santo. Não deixe que a conversa vazia de homens que proferem grandes palavras dilatadas sobre a catolicidade, e a igreja, e o ministério, perturbem a sua paz, e o façam despreender-se da cruz. As igrejas, os ministros e os sacramentos são todos importantes a seu próprio modo, mas eles não são Cristo crucificado. Não dê a glória de Cristo a nenhum outro. “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”.
Leitor, pus tais pensamentos diante de sua mente. O que você pensa agora sobre a cruz de Cristo? Eu não posso dizer; mas não posso desejar a você algo melhor do que isto – que você possa ser capaz de dizer com o apóstolo Paulo, antes de você morrer ou apresentar-se ao Senhor, “Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. Amém.